Ainda assim, em 2010 parti em projeto para Santo Antão, em Cabo Verde, um projeto que me fez refletir sobre muitos aspetos dos projetos internacionais. Regressando de projeto só havia dois caminhos: ou sair ou ficar e integrar a Direção e Equipa Coordenadora, com o objetivo de tentarmos sempre evoluir enquanto grupo. E como nunca escolhemos os caminhos mais fáceis, mas sim sempre os mais felizes, aí comecei eu uma nova etapa não menos exigente! Criámos momentos, tentámos criar espaço e oportunidade para o desenvolvimento. Trabalhei competências que pouco teria usado antes e percebi que aprendia coisas que não ensinam na faculdade, mas que são muito úteis, porque a vida é urgente.

Foi no GASNova que também conheci pessoas incríveis, que são hoje os meus amigos, pessoas que se importam, que querem saber da Humanidade e dos problemas do mundo, sobre a sustentabilidade, desigualdade e injustiça social e sobretudo refletir sobre soluções.

Foi o GASNova que me trouxe as sementes para aventuras seguintes já mais na minha área profissional, e que me trouxe a certeza de que queria ser médica e que queria trabalhar com o ser humano na sua totalidade.

Mas foi sobretudo no GASNova que percebi que nós TODOS OS DIAS temos o poder de mudar o mundo. E o mundo muda pelas pequenas coisas, pelas pequenas atitudes do dia-a-dia, pela forma como nos relacionamos com o outro, pela forma com cuidamos do planeta, pela forma como repensamos o nosso consumo, pela justiça que exigimos, etc. E esta convicção e compreensão traz muita responsabilidade, mas pode ser usada de formas muito bonitas e é também assim muito inspirador, faz-nos todos os dias sair de casa e queremos dar esse salto. Eu acredito profundamente que todos os dias mudo o mundo.

E tu? Já acordaste de manhã com essa vontade e energia?”